Churrasco com injeção de graça, topa?

De graça até injeção na testa. Você já deve ter ouvido essa frase em alguma fase da sua vida. Vai, confessa que tu és desse tempo.

Não por acaso, lembrei-me disso hoje, num churrasco em família. Não apenas pautada como o assunto do fim da festa, a ação foi colocada em prática. Calma que você vai entender, pode não compreender muito bem, como eu, mas vou explicar.

O evento, regado a muita carne, salada, arroz e feijão, teve um ingrediente a mais, um tanto quanto inusitado, ao menos para mim.

Sim, nádegas para fora e uma picada. Quem vai querer?

Em meio às sobremesas, ainda saboreadas entre alguns presentes, uma pequena fila ia se formando num corredor de fundo da a casa. Como todo início de fim de festa, num primeiro momento toda aquela euforia me parecia a entrega de algum brinde, uma lembrancinha, ainda que não fosse uma comemoração de aniversário, bodas ou data específica, apenas um encontro.

Sei que boa parte dessa família gosta de um bom papo sobre fármacos, falar sobre suas próximas consultas a diversos especialistas, escolhidos a dedo no caderninho do convênio, exames por fazer, preço de analgésicos, qual o queridinho do momento, as novidades dos laboratórios, enfim. Mas, oferecer injeção aos presentes, isso foi novidade.

_ Vem também. Faz bem. É bom. É vitamina. B12. É boa para a memória, para o cabelo, para as unhas, para a pele, tira o cansaço, melhora o humor. Dói só um pouquinho – disse-me uma das parentes, empolgada com a picada recém-levada.

Preferi repetir a dose da salada de frutas, além de gostosa, também contém uma série de benefícios e, melhor, nada dolorosa.

Temo o teor do próximo evento, o que virá pela frente?

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