Não espere o fim do ano, é tempo demais!

Fico imaginando o que passa na cabeça de uma pessoa idosa quando se depara com um ente, amigo mais novo ou até mesmo da própria geração partindo.

Não deve ser fácil olhar para frente e pensar “mas ele estava sábado aqui, e agora, com quem vou falar” ou “quem vai compartilhar comigo das lembranças de um passado que só quem é do meu tempo viveu/” e “quem vai me visitar pra dizer nada, apenas para nos fazer companhia um ao outro?”…

Quando me deparo com essa situação fico pensando que não sei se quero durar tanto e ver tanta gente indo embora assim, antes de mim. Quero vida longa, mas todo mundo juntinho comigo. É pedir muito? É, eu sei.

Na minha inocente utopia, queria que todos ao meu redor vivessem muito, mas não sabemos e não temos controle disso. Deveria existir uma norma ou uma mudança de tempos em tempos na tal Carta Magna da Vida.

Mas isso não está nem nunca estará ao nosso alcance. Uma coisa eu sei e sempre digo, desde pequenina, vamos aproveitar enquanto está todo mundo vivo, vamos nos reunir, vamos fazer aquele Natal da nossa infância que mal cabia tanta gente na sala, todos juntos, ainda que vivamos numa eterna discussão boba de família o resto do ano.

Mas o Natal é tão longe que às vezes não dá tempo de chegar, então, famílias, pessoas, amigos, reúnam-se mais, façam mais Natais e amigos secretos de janeiro a dezembro, quantas vezes necessário for.

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