Quatro dias de sexo no acordo pré-nupcial? Não é muita coisa não, Jennifer?

Eteomilda faz de tudo para chamar a atenção do marido. Doze anos de casados, já viu, nem sempre o cara está de prontidão pra saciar os desejos da esposa. E quando isso acontece, é a vez de ela não estar muito afim, pinta uma dor de cabeça, um sono, entra naqueles dias e assim vai a vida conjugal dos dois, rumo ao décimo terceiro ano de enlace, regada a reality shows, filmes, conversas nos grupos de celular, muito trabalho, crianças para cuidar e o cachorro a tiracolo.

Quando se casaram, num sábado junino frio, numa cidadezinha do interior, fizeram juras de amor, daquelas que todo mundo faz pra seguir a tradição. Nesse pacote de juramento, prometeram fidelidade, cumplicidade e união, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza etc. Naquela época era isso que se prometia, com dedos cruzados ou não, mas enfim, a promessa era feita. Se cumpriram à risca? Não se sabe e é melhor deixar para lá, porque a pauta aqui é outra, senão a demanda em questão vai por água abaixo e a torcida aqui é pela felicidade da Eteô.

De dozes anos pra cá as coisas mudaram um pouco. Os juramentos selados nos enlaces agora são outros. Há quem exija em contrato quatro dias de sexo na semana. Ah, se Eteomilda tivesse tido essa ideia antes, não é mesmo? Mas é melhor deixar o passado de lado, até porque tem dias que ela não quer nem ver a cara do cara e vice-versa.

Pois bem, deixemos os dois de molho, tal qual tem sido a vidinha de ambos, para falar de uma dupla famosa e milionária, bem distante dessa realidade humilde e pacata, que resolveu incluir no acordo pré-nupcial essa exigência íntima um tanto quanto inusitada.

Sim, o assunto em destaque é o casamento de duas pessoas mundialmente conhecidas. Ela, uma linda cantora, e ele, ator estupendo. Será que vão dar conta desse pacto? Alguém avisou a essa noiva da existência da menô (pausa para muita coisa) e que essa insiste bagunçar um pouquinho o coreto? Quatro dias da semana? Não sei, não. E o artista milionário, será que está ciente que nem sempre as coisas caminharão a mil maravilhas, que às vezes um simples friozinho a mais coloca tudo a perder e bau-bau cumprimento de artigo X, inciso Y?

Precisava registrar em cartório? Ao que consta, a proposta surgiu da esbelta e charmosa mulher, numa súbita necessidade de garantir dias de glória ao lado do amado na mansão comprada pelos dois pela bagatela de cinquenta milhões de dólares.

O que não se sabe é a validade desse documento fogoso. Fico só imaginando a cobrança de um dos dois já no terceiro dia da semana e nada de sexo, sim, isso é normal gente, e acontece nas melhores famílias. No quarto dia, terão de cumprir com o que consta no documento nos próximos, em datas ininterruptas. E as dúvidas fluem um pouco mais: como será a agenda desse casal?  E as viagens de negócios, gravações, enfim, será que o acordo inclui experimentos virtuais do casal? Se sim, ok, tá tudo certo.

Tá, mas e a Eteomilda que não fez nenhum trato com o marido, está louquinha para fazer jus a pelo menos um diazinho no mês e nada de Eteobaldo comparecer, qual seria a solução para essa mulher, gente? Não faço ideia, se fizesse, aplicaria para mim.

E você, se pudesse reaver seu contrato nupcial ou fazer um agora, qual seria a cláusula que não poderia faltar de jeito nenhum? Eu faria um ajuste automático de revisão a cada cinco anos. Quatro. Não, três. Vai, um ano. Ou melhor, não casaria.

2 opiniões sobre “Quatro dias de sexo no acordo pré-nupcial? Não é muita coisa não, Jennifer?

  • 3 de maio de 2022 em 10:01
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    Amei.
    Eu colocaria uma cláusula de adendo : conversar sobre seus desejos e NUNCA presumir que sabe o que a(o) parceira(o) quer/gosta.

    Resposta

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