Enquanto meu celular desligou…

Desconectar para se conectar com o que realmente importa

Acabou a bateria do meu celular bem na hora em que eu ia tomar um solzinho na frente de casa.

E agora, o que o que eu faço? Restou-me um livro, fazer o quê? Lá fui eu, pegar alguma coisa na estante e voltar pro sol.

O segurança passou de moto e me cumprimentou. A vizinha me trouxe um pedaço de bolo de fubá com recheio de goiaba, o companheiro se achegou, o filho também se adentrou pro lado de fora, uma senhorinha de pouco mais de oitenta que passava na rua e não sei quem é jogou-me um beijo, o cachorro se aproximou e lá ficou, em meus pés, vendo o mundo passar. De longe, ouvia-se um som de música agradável, parecia um chorinho e, de perto, as maritacas davam sinal de vida.

A leitura acabou. Dois capítulos, o suficiente para recarregar a energia com a vitamina D, mesmo tempo enquanto carregava meu telefone. Cem por cento abastecidos, corpo, alma e aparelho.

Nesse ínterim, o banco havia ligado oferecendo pacote de serviços, a seguradora alertou que o seguro vencerá no próximo mês, a cliente pediu um texto fora do escopo e “pra ontem”, o dentista desmarcou a consulta do dia seguinte, o grupo do condomínio mantinha a discussão dos adolescentes barulhentos e uma amiga distante curtiu uma lamentação minha de três meses atrás de questão resolvida.

Este foi um dos melhores sóis que tive nos últimos dias.

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